ABBADON
Comecemos pelo nome, cuja relação com o texto e com a peça é poética, não é linear. É apenas um início. Abbadon é o anjo, ou demónio, as opiniões divergem consoante a perspectiva, do abismo. Traz o caos. Muitas vezes esse abismo esteve nos ensaios e todos os envolvidos num momento ou noutro se perderam. Vimo-nos a transbordar processos que nada tinham de sensato. Mas, quase sempre, acabamos a rir. Ou a chorar. Sempre houve generosidade. Bastantes vezes "Inferno". Olá Rimbaud. Mas não é sobre isto. Será sobre "cavar"? Olá Paul Celan. Talvez. É sobre o Amor. Algo como, meus senhores vocês vivem mal? Para texto de apresentação e mais informações ver nuisiszobop.blogspot.com
Este é um excerto da tira de papel que acompanhou cada um dos espectadores de Abbadon, espectáculo invulgar que esteve de novo em cena na CasaViva, desta vez, melhor dizendo, na Casa do Lado, de 28 de Setembro a 25 de Outubro. Desta vez, quase uma centena de pessoas viram Abbadon, com lotação esgotada a 11 seres humanos por sessão.
Abbadon tem criação, direcção e texto de Hugo Calhim Cristóvão; criação, actuação e desenhos de Paula Cepeda Rodrigues; e contou com a assistência e colaboração de Joana von Mayer Trindade.
Para maiores de 18 anos.
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