O PORQUÊ DO PICA MIOLOS

Mais do que um espaço, a CasaViva é um meio de provocação. Nunca foi um projecto meramente artístico
ou cultural. Muito menos uma ideia comercial ou pretensão de figurar no mapa da noite portuense.

A CasaViva é um esforço de cidadania, um espaço de activismo, com aspirações a anfetamina que combata a letargia
e a incapacidade de indignação. Para contrariar essa instituída forma de pensar, ser e conformadamente estar e viver.

Se o espaço é temporário, o projecto não quer ser efémero. Nasce, assim, o "Pica Miolos", folha de opiniões
numa resenha de notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente.

Seguirá um critério necessariamente tendencioso, como todos os critérios editoriais
de todos os media que se dizem imparciais. Objectivo: picar miolos.

E assim participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica
e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Pica Miolos

Começou por ser uma folha com opiniões e notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente, seguindo critérios necessariamente tendenciosos, como todos os critérios editoriais de todos os media que se dizem imparciais. O segundo chegou na Primavera, manteve o formato A7, que se desdobra até um A2. O Verão trouxe o terceiro, com cd em mp3 das bandas que tocaram na CasaViva. O Pica Miolos muda de forma e a forma como apresenta as notícias e opiniões, em exclusiva produção própria.

Este quarto número, no Outono, tem uma dedicatória especial ao querido líder, porque é impossível ficar indiferente à sua peculiar forma de agir e reinar. A propósito, não resistimos a publicar um artigo de João Semedo, pela oportunidade do discurso, uma opinião que nos chegou e tocou especialmente. Visitamos os direitos de autor na Baía dos Piratas e a pirataria na Ilha da Indústria Fonográfica. Questionamos a grande masturbação nacional, que retomaremos em breve. Foi porreiro, pá? Se não, levanta-te e faz-te ouvir e aparece no fim-de-semana de 14 a 16 de Dezembro na CasaViva. Aqui fica o convite.

Colectivos galegos estiveram por cá em Setembro, a propósito da reunião no Porto dos ministros europeus da agricultura. Mais recentemente, Mudar de Vida e Alambique. A Vintena Vadia continuou em ensaios e Salomé, de Óscar Wilde, tomou conta da casa de 12 a 21 de Outubro. Outubro também foi Justo com momentos deliciosos de culinária e histórias de Thomas Bakk. Houve cinema, que quase ninguém quis ver, nem as lindíssimas películas de Jean Vigo nem os documentários, à excepção do cinemapodrático. No entretanto, também se ouviu punk e outros sons, 25 bandas tocaram na CasaViva do Verão a Novembro. De regresso de férias, a Essalam, associação de imigrantes magrebinos e de amizade luso-árabe, tentou reunir em assembleia-geral, mas a polícia não deu sossego.

A CasaViva continua determinada no seu esforço de cidadania e usa o Pica Miolos para participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo vive e resiste.

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