O PORQUÊ DO PICA MIOLOS

Mais do que um espaço, a CasaViva é um meio de provocação. Nunca foi um projecto meramente artístico
ou cultural. Muito menos uma ideia comercial ou pretensão de figurar no mapa da noite portuense.

A CasaViva é um esforço de cidadania, um espaço de activismo, com aspirações a anfetamina que combata a letargia
e a incapacidade de indignação. Para contrariar essa instituída forma de pensar, ser e conformadamente estar e viver.

Se o espaço é temporário, o projecto não quer ser efémero. Nasce, assim, o "Pica Miolos", folha de opiniões
numa resenha de notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente.

Seguirá um critério necessariamente tendencioso, como todos os critérios editoriais
de todos os media que se dizem imparciais. Objectivo: picar miolos.

E assim participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica
e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

domingo, 6 de abril de 2008

O Pica Miolos

Nasceu fez um ano: uma folha com opiniões e notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmen­te, seguindo critérios necessariamente tendenciosos, como todos os critérios editoriais de todos os media que se dizem imparciais. O segundo chegou na Primavera, manteve o forma­to A7, que se desdobra até um A2. O Verão trouxe o terceiro, com cd em mp3 das bandas que tocaram na CasaViva. O Pica Miolos muda de forma e a forma como apresenta as notícias e opiniões. No Outono, sem cd, adopta o tamanho A6 que se desfolha e insiste na produção própria.

De novo a Primavera, mas sem grandes esperanças. Na procura dum mundo onde possamos estar abrigados e livres, anuncia-se o Espaço contra a Autoridade para 11 e 12 de Abril. As ga­linhas rebeldes forjaram aproximações e deram bicadas por toda a cidade, em especial no Bolhão, onde o Rio que tudo ar­rasta quer fazer um centro comercial. Até que, humanamente, o Porto não seja mais do que um baldio.

Sócrates traz-nos memórias de infância quando esconde as verdadeiras histórias e a estória verdadeira da ligação África-Europa. Acolhem-se ditadores e expulsam-se os descartáveis, estórias de fronteiras que se atravessam nos caminhos das pessoas.

Com um pé no País Basco e outro na realidade do arrenda­mento jovem em terras lusas, os ouvidos nos alertas ao sin­dicalismo actual e o nariz preparado para a próxima MGM, animando a alma em ritmos mais ou menos acertados de concertos vários, mantemo-nos a participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica e bem comportada, de­monstrando de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

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