O PORQUÊ DO PICA MIOLOS

Mais do que um espaço, a CasaViva é um meio de provocação. Nunca foi um projecto meramente artístico
ou cultural. Muito menos uma ideia comercial ou pretensão de figurar no mapa da noite portuense.

A CasaViva é um esforço de cidadania, um espaço de activismo, com aspirações a anfetamina que combata a letargia
e a incapacidade de indignação. Para contrariar essa instituída forma de pensar, ser e conformadamente estar e viver.

Se o espaço é temporário, o projecto não quer ser efémero. Nasce, assim, o "Pica Miolos", folha de opiniões
numa resenha de notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente.

Seguirá um critério necessariamente tendencioso, como todos os critérios editoriais
de todos os media que se dizem imparciais. Objectivo: picar miolos.

E assim participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica
e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ABBADON

Comecemos pelo nome, cuja relação com o texto e com a peça é poética, não é linear. É apenas um início. Abbadon é o anjo, ou demónio, as opiniões divergem consoante a perspectiva, do abismo. Traz o caos. Muitas vezes esse abismo esteve nos ensaios e todos os envolvidos num momento ou noutro se perderam. Vimo-nos a transbordar processos que nada tinham de sensato. Mas, quase sempre, acabamos a rir. Ou a chorar. Sempre houve generosidade. Bastantes vezes "Inferno". Olá Rimbaud. Mas não é sobre isto. Será sobre "cavar"? Olá Paul Celan. Talvez. É sobre o Amor. Algo como, meus senhores vocês vivem mal? Para texto de apresentação e mais informações ver nuisiszobop.blogspot.com

Este é um excerto da tira de papel que acompanhou cada um dos espectadores de Abbadon, espectáculo invulgar que esteve de novo em cena na CasaViva, desta vez, melhor dizendo, na Casa do Lado, de 28 de Setembro a 25 de Outubro. Desta vez, quase uma centena de pessoas viram Abbadon, com lotação esgotada a 11 seres humanos por sessão.


Abbadon tem criação, direcção e texto de Hugo Calhim Cristóvão; criação, actuação e desenhos de Paula Cepeda Rodrigues; e contou com a assistência e colaboração de Joana von Mayer Trindade.

Para maiores de 18 anos.

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