O PORQUÊ DO PICA MIOLOS

Mais do que um espaço, a CasaViva é um meio de provocação. Nunca foi um projecto meramente artístico
ou cultural. Muito menos uma ideia comercial ou pretensão de figurar no mapa da noite portuense.

A CasaViva é um esforço de cidadania, um espaço de activismo, com aspirações a anfetamina que combata a letargia
e a incapacidade de indignação. Para contrariar essa instituída forma de pensar, ser e conformadamente estar e viver.

Se o espaço é temporário, o projecto não quer ser efémero. Nasce, assim, o "Pica Miolos", folha de opiniões
numa resenha de notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente.

Seguirá um critério necessariamente tendencioso, como todos os critérios editoriais
de todos os media que se dizem imparciais. Objectivo: picar miolos.

E assim participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica
e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Dois dias de acções directas em defesa dos squats e espaços autónomos

Este é um apelo à mobilização de pessoas envolvidas com squatters e espaços autónomos para dois dias de acção, em 18 e 19 de Setembro de 2009, focando a questão da habitação e a criação de mais espaços autónomos, nestes tempos de "crise".


Enquanto a economia global fica moribunda, uma série de grandes projectos de desenvolvimento capitalista, como a construção de apartamentos de luxo e complexos comerciais, que estavam a ameaçar as nossas casas e bairros, são colocados em stand-by. Mas, ao mesmo tempo, este novo ciclo de "crise" do capitalismo gera milhares de desempregados, sufocados por dívidas e sob um risco iminente de serem expulsos das suas casas. Em vez de abrigar os pobres em muitos espaços vazios ou cancelar as suas dívidas, os governos socorrem os bancos para salvar este sistema podre e reprimir aqueles que resistem.


Enquanto resistência, ficamos na defensiva por muito tempo e é hora de conduzir a luta, atacando o capitalismo onde ele está frágil e quebrando as correntes, para ocupar casas e criar espaços em que podemos rejeitar relações de mercado, partilhando conhecimentos adquiridos através da luta, numa dinâmica ofensiva. De Dijon a Berlim, em dezenas de locais onde as actividades ocorreram em defesa dos squatters e espaços autónomos, em Abril de 2008, novos grupos foram formados, as redes têm-se intensificado, mais e mais pessoas estão envolvidas em lutas.


Enquanto movimento, acreditamos que o poder e a dominação devem ser combatidos de várias maneiras: apelamos a acções descentralizadas, coordenadas e de confronto em 18 e 19 de Setembro de 2009.


Organizemos a nossa revolta!

Ocupemos, resistamos, criemos!


Apelo lançado após o encontro inter-squatter britânico que teve lugar em Bristol, nos dias 14 e 15 Março de 2009.

squatmeet09.wordpress.com

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