O Pica Miolos
Começou por ser uma folha com opiniões e notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente, seguindo critérios necessariamente tendenciosos, como todos os critérios editoriais de todos os media que se dizem imparciais. Continua o mesmo, seis números depois, se bem que tenha mudado de formato, inclua mais produção própria e o registo do que se passa na CasaViva.
Os concertos dominam a actividade, daí este A Vizinha não se queixou deste barulho.mp3, o segundo cd legal editado sem autorização das bandas que actuaram desde Agosto de 2007. Mas a CasaViva não é só música. Então, que fazes aqui? Podes ver cinema comunitário, assistir a Abbadon, apoiar o movimento zapatista, informares-te sobre transgénicos, trabalhares na horta, preparar o terceiro Copyriot, participar na oficina activa ou difundir o apelo à abstenção. Enquanto isso, damos voz à resistência dos operários da Fidar, aconselhamos Bab Sebta, lembramos Jean Charles de Menezes e denunciamos o karma que (des)culpa tudo. E quanto valem os colhões de gato?
Em Maio, o Pica Miolos foi a Lisboa, à Feira do Livro Anarquista, e, em Outubro, a COSA celebrou oito anos. Antes disso, as galinhas juntaram-se em dois encontros: na Primavera, para dar resposta ao apelo da rede europeia Squat.net, para acções descentralizadas de defesa de espaços ocupados e autónomos; e no Verão, para insistir no mesmo e chamar a atenção para a biblioteca infantil há anos fechada no jardim do marquês.
No espírito dos encontros da galinha, a corrente parou a destruição do Bolhão que o Rio queria e condenamos os negócios imobiliários que ele encobre, mantendo-nos a participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica e bem comportada, demonstrando de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.
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