O PORQUÊ DO PICA MIOLOS

Mais do que um espaço, a CasaViva é um meio de provocação. Nunca foi um projecto meramente artístico
ou cultural. Muito menos uma ideia comercial ou pretensão de figurar no mapa da noite portuense.

A CasaViva é um esforço de cidadania, um espaço de activismo, com aspirações a anfetamina que combata a letargia
e a incapacidade de indignação. Para contrariar essa instituída forma de pensar, ser e conformadamente estar e viver.

Se o espaço é temporário, o projecto não quer ser efémero. Nasce, assim, o "Pica Miolos", folha de opiniões
numa resenha de notícias que nos foram chegando e tocando mais profunda ou especialmente.

Seguirá um critério necessariamente tendencioso, como todos os critérios editoriais
de todos os media que se dizem imparciais. Objectivo: picar miolos.

E assim participar na revolução das mentalidades desta sociedade acrítica
e bem comportada e demonstrar de que lado do activismo a CasaViva vive e resiste.

sábado, 8 de novembro de 2008

Seria a laranja transgénica?

A laranja chegou como uma bola. Lançada num jogo de perguntas e respostas, para facilitar um as­sunto difícil de abordar de forma ligeira, ora porque é demasiado científico ora porque aborda diversas variáveis, complicadas de integrar num todo, explicou o pessoal do GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental) que conduziu um momento de reflexão sobre o polémico tema dos últimos tempos: transgénicos. A CasaViva acolheu o encontro, estava a Primavera no seu esplendor.

A laranja era cor de laranja, como todas as laranjas. Redonda e rugosa como todas as laranjas. Particularidades: casca grossa, tamanho médio. Nada mais a distinguia de uma outra qualquer laranja. Seria transgénica? Difícil de dizer, porque rótulo não trazia. Mas porque lhe conheciam a origem, acabou ingerida, depois de acidentalmente chutada.

Silenciosamente, os transgénicos estão cada vez mais presentes nas nossas vidas, desde o campo do produtor ao prato do consumidor. Os cereais são as grandes vítimas, testada e comprovada que está a sua manipulação genética. Os mesmos cereais que comemos directamente em variadíssimos alimentos, pão, arroz e massas, bolachas e o que mais quiserem do género. Ou indirectamente, para os que ainda não são vegetarianos, porque se o gado não come bolachas não tem como escapar a farinhas manipuladas, quiçá compostas de carne de um outro ser da sua própria espécie, e depois ai jesus que as vacas ficam loucas. Entretanto, desenvolvem-se estudos para chegar a conclusões sobre os efeitos da alimentação de transgénicos na saúde dos humanos. Certezas não há. Mas, por via das dúvidas, o melhor é não os consumirmos. Ou não fossem organismos geneticamente modificados, que se desenvolvem em tempo recorde, para aumentar os ganhos de quem os produz, mas sobretudo de quem os comercializa.

A sessão incluiu a projecção de TranXgenia: a história do verme e o milho, documentário da Plataforma Transgènics Fora!, baseado na experiência local da Catalunha e de Aragão.


Meses depois, e apesar do conselho claro que ficou, e que não é por demais lembrar, de nunca deixarmos de ler os rótulos dos alimentos que compramos e utilizamos, o Taborda, rapaz atento, descobriu que andávamos a cozinhar com um óleo vegetal declaradamente transgénico, comprovado no rótulo aqui reproduzido.







Mais informação sobre transgénicos em:

stopogm.net

gaia.org.pt

eufemia.ecobytes.net

solimove.liveinfo.nl

2 comentários:

Anónimo disse...

pois... e a merda toda é que nos supermercados, apesar da suposta obrigatoriedade de meter no rotulo a natureza genetica dos ingredientes, ha uma serie de marcas que se desmarcaram a essa obrigatoriedade ao meterem algo como "mistura de varios oleos vegetais" o que para alem de não se saber se contem OGM's, não se sabe de todo de que é que o oleo será feito... imagine-se alguem com alergia a algum desses oleos com que fazem tão milagrosa mistura em que os transgenicos já são consumidos por se omitir que eles lá andam...
uma vez pegamos assim numa molhada desses oleos apaisanados (á imagem da sociedade de filhos da puta engravatadinhos)e entupimos a caixa por alguns minutos para tentar saber quais o tipo de oleos que continham... se teria soja... se conteria OGM's...
imaginem a cara de estupidos de quem os vende... é que nem eles sabem o veneno que andam a vender... afinal de contas, sai-lhes da boca a unica coisa que sabem dizer e que parece que á a maxima deste asco de consumo e deita fora que é a civilização...
"ESTOU APENAS A FAZER O MEU TRABALHO"

bem...
na realidade nada disto dispensa a "obrigatoriedade" de termos atenção á merda com que nos querem injectar... pois se não o fizermos corremos o risco de sermos uma merda igualzinha a grande maioria que elege o ladrão mais bonito com o gang mais fashion para (n)os roubar...

Anónimo disse...

É por essas e por outras que uso só azeite português virgem extra; interessa-me mais a saúde que uns centimos a mais na conta bancaria.
QUe estes fdp's que lideram as empresas dos OGMs não os comem, comem biológico como esse fdp da Monsanto...